terça-feira, 17 de julho de 2012

ENTENDA A DIFERENÇA ENTRE UBS E UPA






Na última quarta-feira (6), o Ministério da Saúde divulgou a seleção de projetos para construção e ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24 horas) e Unidades Básicas de Saúde (UBS). Os benefícios chegarão a 29,6 milhões de pessoas de 2.265 municípios de 21 estados do país. Para que você entenda como aproveitar melhor estes serviços, o Blog da Saúde explica a diferença entre UBS e UPA.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) são popularmente conhecidas como postos de saúde. São locais onde o cidadão pode receber, gratuitamente, os atendimentos essenciais em saúde da criança, da mulher, do adulto e do idoso, em odontologia, ter acesso a medicamentos e outros atendimentos primários. As Unidades Básicas de Saúde resolvem 80% dos problemas de saúde da população do território que ela é responsável e promovem hábitos saudáveis de vida.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) fazem parte da Rede Saúde Toda Hora, lançada em 2011, que está reorganizando o atendimento de urgência e emergência dos hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS). Elas são responsáveis por prestar atendimento de média complexidade, como vítimas de acidentes e problemas cardíacos e contribuem para desafogar as urgências dos hospitais do SUS e reduzir o tempo de espera por atendimento. Nas localidades em que estão em pleno atendimento, as UPAs dão conta de atender, sem necessidade de encaminhamento ao pronto-socorro hospitalar, 97% dos pacientes que as procura. Nessas unidades, o paciente é avaliado de acordo com a classificação de risco, podendo ser liberado ou permanecer em observação por até 24 horas, ou se necessário, ser removido para um hospital de referência.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destaca que o atendimento das UPAs 24 h complementa o atendimento das Unidades Básicas de Saúde. “Não pode existir disputa entre elas e muito menos qualquer tipo de não priorização das Unidades Básicas de Saúde por termos novas UPAs 24h. As UBS atendem o conjunto do território, o conjunto dos bairros onde as pessoas vivem e trabalham. Elas devem conhecer as pessoas, não só a sua família, os seus hábitos, mas o ambiente e o local onde vivem para poder agir nos vários determinantes de saúde, com forte ação da prevenção, na promoção em saúde e no acompanhamento continuado do tratamento das pessoas”, afirma.
Além disso, Padilha ressalta as principais ações das UBS: “Nas UBS, estamos aumentando o pré-natal da Rede Cegonha. São nelas que vamos aumentar o cuidado às crianças. É nas UBS que garantimos o acompanhamento adequado dos hipertensos e dos diabéticos. Por meio delas, estamos ajudando, também, a reduzir a incidência da tuberculose e da hanseníase no nosso País”.
As UBS funcionam normalmente somente durante o dia. Já as UPAs ficam abertas 24 horas. “Ninguém escolhe a hora para sentir algum problema de saúde ou adoecer. Então nas UPAs 24h, as pessoas podem ter um pronto-atendimento para resolver problemas pontuais que apareceram naquele momento. Elas estão lá para aliviar o sofrimento, iniciar o cuidado à saúde e a mudança de hábitos de saúde. Elas funcionam 24h por dia e têm uma relação direta com o Samu 192, para caso seja necessário encaminhar para o hospital. Têm, inclusive, leitos de observação para casos mais críticos que precisam ter uma observação continuada. Ou seja, elas reduzem o tempo de espera de quem vive perto delas e reduzem a lotação dos hospitais dos pronto-socorros de uma cidade ou de uma região”, explica o ministro.

Mônica Plaza / Blog da Saúde

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